29 junho 2010


Aborrecida


Eu não faço nada certo.

Eu entristeço quem eu amo.

Eu aborreço e sou aborrecida.

De onde eu vim?

Para que estou aqui?


Eu mancho as paredes

com as tintas da memória.

Eu grito, esperneio, eu aborreço

e sou aborrecida.

E para que estou aqui?


Eu choro e gargalho,

eu enlouqueço e no fim

eu saboreio toda essa insanidade.

Porque no fim eu sempre sei,

que já estava aborrecida.

Eu não faço nada certo.

Eu entristeço quem eu amo.

Eu mancho as paredes,

eu quebro vidraças e assim eu aborreço

e no fim também sou aborrecida.

Alice Rachel

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